Evocou-se no passado dia 17 de Outubro
de 2014 o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, tendo na véspera o
Instituto Nacional de Estatística divulgado dados que ilustram o rasto de
pobreza e miséria que as políticas dos últimos anos acentuaram no nosso País,
evidenciando o cinismo do discurso da dupla Passos Coelho e Paulo Portas.
Um quarto dos portugueses são pobres ou
em risco de pobreza; muitos deles trabalhando oito ou mais horas diariamente; o
salário mínimo, descontada a inflação, é doze euros menor do que era em 1974.
As crianças são o grupo populacional com riscos de pobreza ou exclusão social
superiores aos da população em geral desde 2010: muitas chegam com fome à
escola todos os dias.
Em contrapartida, sabemos que
aumentaram o número de milionários,
que os dez por cento mais ricos aumentaram o montante das suas obscenas
fortunas igualando os magros rendimentos de quase metade dos mais pobres. Fosso
que foi grandemente aumentado neste período de esbulho dos salários e pensões.
O PS, com este ou com aquele dirigente
no comando, é cúmplice das políticas danosas e desastrosas que conduziram o
País a esta situação de indigência.
Aprovou ou absteve-se em todas as medidas que o actual Governo PSD/CDS-PP
amarraram Portugal às garras do capital nacional e internacional, como o
Tratado Orçamental que vai impor o prosseguimento da mesma política, com ou sem
pequenas alterações de pormenor, esbulhando o Tesouro nacional em cerca de 13,5
mil milhões de euros por ano de 2014 a 2024. Saem diariamente de Portugal cerca
vinte e três milhões de euros para o estrangeiro, uma sangria que não permite o
País desenvolver-se.
Situação que sendo
consequência do rumo de empobrecimento ao qual os sucessivos governos
condenaram o país, se tornou impossível de esconder. Por esta razão, o grande
capital procura encontrar formas de conter a reivindicação, o protesto e a luta
do povo, nomeadamente canalizando energias para a apologia do voluntariado, ou
das acções de solidariedade social, que tendo uma função importante na resposta
imediata a situações mais dramáticas, não são a solução para a erradicação da
pobreza. Mais do que querer matar a fome, o pobre quer deixar de ser pobre.
O PCP é o único partido que apresenta
aos portugueses uma política alternativa, Patriótica e de Esquerda que baseando-se nas
potencialidades e recursos reais do País, criará postos de trabalho, riqueza e
libertar-nos-á deste garrote financeiro.
Política que os residentes no concelho
de Benavente bem conhecem no projecto autárquico que o PCP lidera há quase
trinta e cinco anos trazendo para este concelho índices de desenvolvimento e de
crescimento demográfico que ombreiam com os melhores do País.
Um dos poucos concelhos que, não
obstante todos os constrangimentos impostos pelos sucessivos governos de PS e
PSD, com ou sem o CDS-PP, consegue ter uma dívida residual inferior ao montante
que dispunha em caixa, segundo a informação dada pelo executivo camarário na
última Assembleia Municipal em Setembro.
Assim o PCP
levará a efeito um conjunto de iniciativas para dar a conhecer mais em pormenor
as suas propostas para que Portugal saia do
poço em que o colocaram – segundo as agências de rating o banco do regime, o BES, estava dez
níveis abaixo de lixo, classificação cientificamente rigorosa para as políticas
aplicadas pelos partidos do arco da miséria e bancarrota, PS, PSD e CDS-PP, ao
País.
Por um futuro melhor para os
trabalhadores, as crianças, os reformados e as populações. Contem connosco!